Era uma vez um casal!
Ela, novinha, tímida, começando a carreira profissional. Ele ja veterano. Pé no chão, super simpático! Ela tinha como sonho estar com ele, e ele quando a encontrou pulou em sofás alheios de tanta felicidade. Ambos se davam tão bem! Ele como um cara romântico e viril, tratava ela como rainha. E ela retribuía em amor, que guardou por tanto tempo para lhe dar. Ele esbanjava orgulhoso sorrisos de apaixonado e palavras doces! Ela se sentia plenamente feliz e satisfeita por te-lo ao seu lado como sempre quis. Um dia ela contou pra ele que esperava um filho. Ele vibrou! Nunca tinha sentido exatamente assim antes. Ela não podia estar mais feliz, podendo gerar fruto do seu amor mais puro e verdadeiro. Ela jamais amara desse jeito antes. Juntos cuidavam do bebê ainda no ventre. Eles mal podiam esperar pra ver aquele serzinho que viria abençoar a vida deles trazendo amor incondicional, ensinamento e muita felicidade. MAIS felicidade? Onde colocar mais? ” Felicidade nunca é demais” pensavam eles. Quando nasceu, foi o momento mais especial da vida de cada um. Estavam tomados por tanta ternura e pureza. Ela era indescritível de tão perfeita! A coisa mais lindas que ja tinham visto. Ganhou um nome doce como de uma princesa. Ela encantava eles a cada dia mais com tanta inocência e meiguice, um verdadeiro Anjo! Então, decididos a unir ainda mais a família indestrutível, anunciaram um casamento. Fizeram uma festa perfeita como em filmes. Com direito a castelo de verdade e presenças ilustres!
A vida caminhava perfeitamente. Ele a chamava de extraordinária! E ela, ainda tinha o mesmo sorriso torto, embora era agora uma mulher madura, consciente e preocupada. Eles continuaram companheiros em tudo. Viajavam o mundo todo juntinhos! Continuavam aquele casal maravilhoso de sempre. ATÉ que, alguma coisa aconteceu depois de alguns anos. As pessoas não botavam mais fé neles, ninguém acreditava neles. Mas como não? São eles gente! Aquele cazalsinho perfeito que o mundo todo presenciou e tem acompanhado, lembram? Todo mundo se recordava, porém sentia que eles não se recordavam. Porque? Ele disse a poucos dias o quanto ela o fazia feliz! Porque duvidar, né? Pra mim continuam o mesmo, não? Não. Eu estava perdidamente enganada.
Ela, por seus motivos que ninguém ao certo sabe e talvez nunca saberá, chutou o pé no balde, como diria alguns. Han? Hein? Como assim? Não pode ser… E tudo o que construíram? Não era perfeito? Não era uma exceção? Pra onde foi tanto amor? E aquela felicidade toda? Será que não coube? E a criança?
Pois é. Quantas duvidas não fizemos? E na duvida ficaremos acreditando no que parece certo para cada um de nós. Religião? Mecanismo? Falta de entendimento? Vontade de expressão?Falta de liberdade? Falta de amor? Cansou? Pode ser, quem sabe?
Ela agora sozinha, abraçou o mundo com a cabeça erguida. Ninguém sabia dizer de onde vinha tanta fé, força de vontade e garra. Ele, ficou perdido. O que fazer? – tinha ele, tantas duvidas como eu. Tocar a vida pareceu correto, não tinha ele chances de volta.
E foi assim que tudo terminou. Houve melhoras? Tantos juram que sim mas muitos ainda sentem falta deles, e alguns sentirá pra sempre.
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